terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

*Aparências: tudo tem jeito*

"Você é moralmente tão antiquada a ponto de considerar vaidade feminina uma frivolidade? Você ja deveria saber que as mulheres querem se sentir bonitas para se sentirem amadas. E querer sentir-se amada não é frivolidade.



Se você pensa que "nasceu" assim e não tem jeito, fique certa de que é desistindo de alguma coisa muito importante: de sua capacidade de atrair.



Quer saber de uma coisa? Obesidade tem jeito. Cabelos sem vida tem jeito. Tudo tem jeito.
O remédio? O remédio é não ser uma desanimada triste. E outro remédio é ter como objetivo ser um "você mesma" mais atraente - e não o de atingir um tipo de beleza que nunca poderia ser seu."




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Faço minhas estas palavras, porém lembrando que este texto foi escrito em torno dos anos 50 e 60, na qual os padrões de beleza ainda eram voltados a uma mulher normal, que existia, com suas camadas de gordura em volta de sua barriga para ostentar e acalentar os filhos que a vida lhe daria, com seus glúteos sinuosos e peitos grandes ou pequenos, porém naturais.


Tenho certeza que se Lispector fosse viva, aí sim teríamos textos sobre a frivolidade que a a obcessão pela busca desse corpo (im)perfeito e inventado que a mídia inculte na cabeça das pessoas. E isso se apresenta a todos nós de uma forma tão agressiva que basta olhar a nossa volta: na TV as propagandas sobre moda são só com moças bem magras. Faz como eu e não vê TV? Tudo bem. Penso que você possa assisitir a um filme ou seriado de vez em quando? Observe: não há uma atriz sequer extremamente bem sucedida, admirada, desejada por homens e capas das mais variadas "Vanity Fair"da vida, que estejam acima desse maldito padrão.




Deu uma voltinha no shopping? C&A, Renner e Riachuelo definitivamente não são lojas preocupadas com que está acima do peso. Pelo contrário! Se a pessoa está acima de seu peso por nascença, ela tem que se virar e caber dentro da roupa desejada! Um absurdo...




Não usarei de hipocrisia para dizer que não tenho o desejo de fazer plástica. Tenho sim. Fui mãe muito nova e mal tive oportunidade de ostentar meu corpo dentro de vestidos que caem como uma luva ou de biquinis de cortininha na praia. Porém se não rolar, não farei desse desejo algo do qual não me permite ser feliz da maneira que sou. Mesmo por que, tenho consciência de meu papel e sei que não sou mais magra por uma questão de comodismo meu mesmo. Gosto de comer bem. Adoro uma boa bebida. Se estiver beliscando algo aprazível ao redor de boa companhia e boa conversa então! Fico por horas...


A evolução do corpo da mulher ao decorrer de todos esses anos foi de formas arredondadas na Renascença, passando por diversas metamorfoses como violão, tanquinho, tábua de passar roupa, anoréxica e esquálida nas próximas horas.




Que lógica há nisso? O que importa realmente que é a essência de cada um, ou seja: a pessoa pode ter uma aparência encantadora, porém, se for vazia e fútil, não serve para mais nada a não ser ficar realmente muda, nas capas de revistas.




Por outro lado, quantas pessoas especiais existem nesse mundo, fazendo e acontecendo, desvendando mundos incríveis dentro do nosso mundinho e que estão fora do padrão "EXIGIDO". Uma questão de mudança de foco.






ela se acha linda...ninguém teve coragem de contar que não é bem assim...

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