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domingo, 29 de abril de 2012

*Sonhos também se comem*

Receitinha de Clarice Lispector para vocês, pois, eu ainda sou do tempo em que as meninas cozinhavam com as mães. Beijooo sabor sonho* Syy
"Em certos fins de tarde de abril-maio já dá vontade de um aconchego de fechar as janelas e de fazer da casa o lar. E então a gente sonha um pouco. Não é que eu queira escandalizar você mas não estou falando de sonhos muito sutis. Estou falando de sonhos de se comer. E eu sei de um sonho de queijo que nesses fins de tarde é reconfortante com uma xícara de café quente... Pedindo perdão pela piada fraca você não acha que ao invés de sonhar com queijo e melhor comer sonhos de queijo Eis a receita desses sonhos comíveis: Para fazer cerca de 40, use meio kilo de farinha de trigo, 6 ou 7 ovos, 1 copo e meio de água, meio cop de leite, 25g de manteiga, 125g de queijo ralado. Ferva o leite com a água e uma raspa de limão, um pouco de sal, um pouco de açúcar. Quando começar a ferver, jogue a farinha de uma vez na panela e mexa a pasta ate que ela comece a soltar-se das paredes da panela. Acrescente então a manteiga e depois de ter mexido ate que o conjunto esteja bem úmido retire a panela do fogo e deixe esfriar um pouco. Quebre os ovos um na panela e a cada ovo mexa bastante. Depois do terceiro deite uma colher (café) de fermento. (Lispector o chamava de levedo). Os últimos três ovos devem ser levados separados das claras que devem estar batidas em neve. Acrescente finalmente o queijo ralado. Os "sonhos de queijo" devem ser fritos em gordura bem quente" Extraído do Livro: "Clarice Lispector - só para mulheres" p. 79 - Editora Rocco

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Pode-se amar sem admirar?

"Pode-se dar amor natural, comum. Pode-se ter pena da pessoa ou ser fisicamente atraída por ela, e enganar-se pensando que essa reação é amor. Mas, para que o amor real exista é preciso que você admire alguma coisa nele ou nela. Theodore Reik acha que “o amor só é possível quando você atribui um valor mais alto à pessoa do que à você, quando você vê nela ou nele uma personalidade que, pelo menos em algum sentido é maior que a sua”.

{Texto extraído do livro “Clarice Lispector só para mulheres”, p.07, Editora Rocco, São Paulo, 2007}




Complementando o texto de Clarice, gostaria de ressaltar que é bem certo que o "ser humano" em sua totalidade, é repleto de erros e acertos, mas ainda assim, aos olhos do "encantamento pelo outro", só ocorrem realmente quando a admiração se torna um dos maiores quesitos de tal encanto. O que discordo, é o fator de que deve-se admirar mais o outro do que a ti mesmo. Nunca pensei que fosse discordar de Clarice, mas é fato. A vida é assim...ou se escreve seu própria história, ou se lê a história escrita pelos outros.

Desculpem, mas admiro primeiramente a mim. Tenho uma história de muitos obstáculos e pedras em meu caminho, o que não significa que não admire outras histórias mais que a minha. O que ainda não aconteceu foi de admirar mais alguém que estivesse partilhando da vida comigo, do que a mim mesma. Isso não tem haver com amor. Amor é outra coisa, que vou deixar para outro post, srsrsr.



Beijokas,


Syy

**Os espelhos da alma**


Desde remota antiguidade, os olhos vêm servindo de tema para poemas, ensaios, provérbios, lendas etc. Os de Cleópatra (que os maquiava muito à maneira das modernas elegantes) eram tão celebres quanto o seu nariz e devem ter desempenhado também papel importante na mudança dos destinos da humanidade.

A moda atual – insensata sob tantos aspectos – pelo menos com relação aos olhos, demonstra haver compreendido a importância deles para fazer sobressair a beleza de um rosto. Com efeito, nunca houve tanto requinte na maquiagem dos olhos como agora. O seu formato é sublinhado e alongado por traços de lápis; o rímel, que até há bem pouco tempo se limitava ao preto e ao marrom, hoje, pode ser encontrado nos mais variados matizes de verde, azul, violeta ou cinza; e um mostruário de “sombra” para as pálpebras faz lembrar uma paleta de pintor abstracionista.

Mas não é só. Recentemente, em Paris, foram lançadas “sombras” de ouro e de prata para a noite. E Josephine Backer, a famosa cançonetista de dançarina café au lait, inaugurou a moda de colar sobre cada pálpebra uma pequenina pedra preciosa. Desta forma, qualquer uma que queira dar-se a esse trabalho (quase de ourives), poderá exibir um olhar cintilante...

Quanto aos cílios postiços, outrora só usados por atrizes no palco e na tela, o seu uso está espalhando-se cada vez mais para as horas do dia.

Para os olhos serem belos, não basta, porém que sejam grandes, de um colorido especial ou maquiados com requinte. É preciso que neles haja algo à mais. Pois, sendo “os espelhos da alma”, devem refletir doçura, compreensão, inteligência.

Em resumo, o mais importante dos olhos é – o olhar.



{Texto extraído do livro “Clarice Lispector só para mulheres”, p.09, Editora Rocco, São Paulo, 2007}

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Ensinando para as crianças **AMOR**

“Saiu um livro lindo nos Estados Unidos, escrito por uma mulher: Joan Walsh Anglund. Chama-se “Amor é um modo especial de sentir”. E nele aprende-se como ensinar crianças a respeito do mais complexo dos sentimentos humanos. Aliás, a autora tem um jeito todo especial de explicar o difícil.

Escreveu, por exemplo, um livro cujo título é uma verdadeira definição: “Amigo é alguém que gosta da gente.”Bem, no livro sobre amor ela, em poucas palavras, transmite às crianças toda a vastidão do sentimento de amor. Por exemplo, “amor é a segurança que a gente sente quando salva um passarinho que foi ferido”.

E, para finalizar com chave de ouro, esse achado, essa verdade, que todos nós reconhecemos:

“Você sabe quando o amor está presente porque, subitamente, você não se sente mais só.”


{Texto extraído do livro “Clarice Lispector só para mulheres”, p.19, Editora Rocco, São Paulo, 2007}



Clarice sempre me encanta com suas observações e, mesmo hoje em dia, depois de décadas em que ela escreveu esses textos, eles continuam a ser atuais. O texto acima especificamente, me lembrou uns trechos de um livro chamado “O homem que veio da sombra” na qual o autor Luiz Gonzaga Pinheiro, descreve um vocabulário espírita para os netos na qual explica, de forma graciosas e lúdica algumas terminologias fundamentais para que a criança aprenda com amor.


É uma delícia de texto até para nós, adultos, nos deliciarmos. Espero que você goste.......................

Com amor,




♥ Syy ♥




VOCABULÁRIO PARA NETOS







“Estava eu no computador, após ter visitado meus netos, Luiza, Letícia e Luan, e haver ensinado um pouco do dever de casa à primeira, quando me veio à cabeça a idéia de fazer um pequeno dicionário para que eles entendessem mais profundamente, sem a formalidade das regras gramaticais ou amarras filosóficas, o significado de algumas palavras importantes na vida de qualquer pessoa.

Quem sabe um dia, quando forem adolescentes e tiverem oportunidade de ler o que eu escrevi, procurem raciocinar sobre as palavras lá contidas, e amando-as, as deixem entrar e morar em seus corações.

Engraçado é que este exercício me levou a uma séria reflexão sobre a pobreza das palavras, notadamente quando queremos expressar nossos sentimentos.O que sentimos é imensamente mais belo e rico, de mais profundidade do que aquilo que conseguimos grafar.Parece que quanto mais simples somos em nossa comunicação, mas nos fazemos entender e mais tocamos a corda do sentimento de quem nos lê ou escuta.

Foi por causa dessa reflexão sobre a simplicidade das palavras em nossa comunicação, que introduzi o texto abaixo neste livro, convidando os leitores para que também meditem nas palavras que utilizam, principalmente no relacionamento com quem amam. Meu guia espiritual, Francisco, me advertira de que trataríamos de um drama muito sofrido. Que começasse pela ternura. Portanto, o texto é também uma tentativa de preparar o leitor para as dores que serão narradas.
O texto a seguir, foi retirado do livro: "O homem que veio da sombra"

Adeus: É quando o coração que parte deixa a metade com quem fica.

Amigo: É alguém que fica para ajudar quando todo mundo se afasta.

Amor ao próximo:É quando o estranho passa a ser o amigo que ainda não abraçamos.

Caridade: É quando a gente está com fome, só tem uma bolacha e reparte.

Carinho: É quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente e fala com as mãos, colocando o afago em cada dedo

Ciúme: É quando o coração fica apertado porque não confia em si mesmo.

Cordialidade: É quando amamos muito uma pessoa e tratamos todo mundo da maneira que a tratamos.

Doutrinação: É quando a gente conversa com o Espírito colocando o coração em cada palavra.

Entendimento: É quando um velhinho caminha devagar na nossa frentee a gente estando apressado não reclama.

Evangelho: É um livro que só se lê bem com o coração.

Evolução: É quando a gente está lá na frente e sente vontade de buscar quem ficou para trás.

Fé: É quando a gente diz que vai escalar um Everest e o coração já o considera feito.

Filhos: É quando Deus entrega uma jóia em nossa mão e recomenda cuidá-la.

Fome: É quando o estômago manda um pedido para a boca e ela silencia.

Inimizade: É quando a gente empurra a linha do afeto para bem distante.

Inveja: É quando a gente ainda não descobriu que pode ser mais e melhor do que o outro.

Lágrima: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele.



Lealdade: É quando a gente prefere morrer que trair a quem ama.

Mágoa: É um espinho que a gente coloca no coração e se esquece de retirar.

Maldade: É quando arrancamos as asas do anjo que deveríamos ser.

Mediunidade com Jesus: É quando a gente serve de instrumento em uma comunicação mediúnica e a música tocada parece um noturno de Chopin.

Morte: Quer dizer viagem, transferência ou qualquer coisa com cheiro de eternidade.

Netos: É quando Deus tem pena dos avós e manda anjos para alegrá-los.

Obsessor: É quando o Espírito adoece,manda embora a compaixão e convida a vingança para morar com ele.

Ódio: É quando plantamos trigo o ano todo e estando os pendões maduros a gente queima tudo em um dia.

Orgulho: É quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante.

Paz: É o prêmio de quem cumpre honestamente o dever.

Perdão: É uma alegria que a gente se dá e que pensava que jamais a teria.

Perfume: É quando mesmo de olhos fechados a gente reconhece quem nos faz feliz.

Pessimismo: É quando a gente perde a capacidade de ver em cores.

Preguiça: É quando entra vírus na coragem e ela adoece.

Raiva: É quando colocamos uma muralha no caminho da paz.

Reencarnação: É quando a gente volta para o corpo, esquecido do que fez, para se lembrar do que ainda não fez.

Saudade: É estando longe, sentir vontade de voar, e estando perto, querer parar o tempo.

Sexo: É quando a gente ama tanto que tem vontade de morar dentro do outro.

Simplicidade: É o comportamento de quem começa a ser sábio.

Sinceridade: É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho.

Solidão: É quando estamos cercado por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto.

Supérfluo: É quando a nossa sede precisa de um gole de água e a gente pede um rio inteiro.

Ternura: É quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas.

Vaidade: É quando a gente abdica da nossa essência por outra, geralmente pior.”




Do Livro: "O homem que veio da sombra"
de Luiz Gonzaga Pinheiro
Simplesmente magnífico..................................................

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Fotografamos pra você............**A excêntrica**



"A vida não é cinema – e é muito difícil “usar” a excentricidade. A excentricidade é um desejo desesperado de agradar, O instinto das mulheres lhes informa”até onde podem ir” no desejo de agradar. Você já reparou o esforço enorme que a excentricidade exige de uma mulher?

Quase um esforço físico de manter algo anti-natural. No fim de algumas horas, vê-se o rosto da excêntrica o seu enorme cansaço, a sua vontade de voltar para a casa...

O que é excentricidade? De um modo geral, o exagero. Homens gostam de perfume? A excêntrica banha-se em perfumes... Decote é bonito? Ela então se desnuda. Entrar com segurança numa sala é elegante? Então vamos fazer uma entrada teatral. A naturalidade é agradável? Então vamos “fingir” naturalidade confundido-a com vulgaridade. Homens gostam de “companheirismo”? Então vamos beber como um homem, dizer palavrões e mostrar que estamos acima dessa coisa ridícula que é mulher educada.



A excentricidade é um esforço que termina em tristeza."




{Texto extraído do livro “Clarice Lispector só para mulheres”, p.08, Editora Rocco, São Paulo, 2007}

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Ocupar-se =)

"Se está lhe sobrando tempo demais, a ponto de você conhecer uma das piores coisas da vida – o tédio – pense nessas possibilidades de ocupação:

{decore sua casa com artesanato, feito por você}



- Explorar as aptidões com que você nasceu ou aquelas que você adquiriu e que poderiam se desenvolver.





{fazer scrapbooking com as fotos de sua família é bem legal}



- Fazer de algumas de suas aptidões um meio de trabalho regular, remunerado.




{pinte, borde e ofereça aos teus amigos!}



- Aplicar sua bondade em servir a tantos que dela precisam.


{Faça um trabalho voluntário em uma instituição séria. Poucas coisas na vida que você possa fazer por teu próximo te darão tamanha felicidade, acredite}




- Em vez de comprar todas as coisas que você e suas família precisam – fazê-las você mesma."







{*Texto extraído do livro “Clarice Lispector só para mulheres”, p.08, Editora Rocco, São Paulo, 2007 e fotos da net}

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

*Aparências: tudo tem jeito*

"Você é moralmente tão antiquada a ponto de considerar vaidade feminina uma frivolidade? Você ja deveria saber que as mulheres querem se sentir bonitas para se sentirem amadas. E querer sentir-se amada não é frivolidade.



Se você pensa que "nasceu" assim e não tem jeito, fique certa de que é desistindo de alguma coisa muito importante: de sua capacidade de atrair.



Quer saber de uma coisa? Obesidade tem jeito. Cabelos sem vida tem jeito. Tudo tem jeito.
O remédio? O remédio é não ser uma desanimada triste. E outro remédio é ter como objetivo ser um "você mesma" mais atraente - e não o de atingir um tipo de beleza que nunca poderia ser seu."




******


Faço minhas estas palavras, porém lembrando que este texto foi escrito em torno dos anos 50 e 60, na qual os padrões de beleza ainda eram voltados a uma mulher normal, que existia, com suas camadas de gordura em volta de sua barriga para ostentar e acalentar os filhos que a vida lhe daria, com seus glúteos sinuosos e peitos grandes ou pequenos, porém naturais.


Tenho certeza que se Lispector fosse viva, aí sim teríamos textos sobre a frivolidade que a a obcessão pela busca desse corpo (im)perfeito e inventado que a mídia inculte na cabeça das pessoas. E isso se apresenta a todos nós de uma forma tão agressiva que basta olhar a nossa volta: na TV as propagandas sobre moda são só com moças bem magras. Faz como eu e não vê TV? Tudo bem. Penso que você possa assisitir a um filme ou seriado de vez em quando? Observe: não há uma atriz sequer extremamente bem sucedida, admirada, desejada por homens e capas das mais variadas "Vanity Fair"da vida, que estejam acima desse maldito padrão.




Deu uma voltinha no shopping? C&A, Renner e Riachuelo definitivamente não são lojas preocupadas com que está acima do peso. Pelo contrário! Se a pessoa está acima de seu peso por nascença, ela tem que se virar e caber dentro da roupa desejada! Um absurdo...




Não usarei de hipocrisia para dizer que não tenho o desejo de fazer plástica. Tenho sim. Fui mãe muito nova e mal tive oportunidade de ostentar meu corpo dentro de vestidos que caem como uma luva ou de biquinis de cortininha na praia. Porém se não rolar, não farei desse desejo algo do qual não me permite ser feliz da maneira que sou. Mesmo por que, tenho consciência de meu papel e sei que não sou mais magra por uma questão de comodismo meu mesmo. Gosto de comer bem. Adoro uma boa bebida. Se estiver beliscando algo aprazível ao redor de boa companhia e boa conversa então! Fico por horas...


A evolução do corpo da mulher ao decorrer de todos esses anos foi de formas arredondadas na Renascença, passando por diversas metamorfoses como violão, tanquinho, tábua de passar roupa, anoréxica e esquálida nas próximas horas.




Que lógica há nisso? O que importa realmente que é a essência de cada um, ou seja: a pessoa pode ter uma aparência encantadora, porém, se for vazia e fútil, não serve para mais nada a não ser ficar realmente muda, nas capas de revistas.




Por outro lado, quantas pessoas especiais existem nesse mundo, fazendo e acontecendo, desvendando mundos incríveis dentro do nosso mundinho e que estão fora do padrão "EXIGIDO". Uma questão de mudança de foco.






ela se acha linda...ninguém teve coragem de contar que não é bem assim...