quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Depressão afeta 1 em cada 10 em São Paulo


Sentimentos e sensações estranhas invadem seu dia-a-dia? Preste atenção, você pode estar com depressão, procure ajuda. O quanto antes, melhor...





"Um em cada dez – ou 10,9% – moradores da Região Metropolitana de São Paulo sofre de depressão, o que equivale a mais de 2,16 milhões de pessoas. É o que indica a pesquisa “São Paulo Megacity”, realizada pela Faculdade de Medicina da USP entre 2005 e 2007. O estudo foi a parte brasileira da pesquisa “Levantamento Mundial de Saúde Mental”, coordenada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e que faz referência a pessoas que tiveram ao menos um episódio da doença no ano anterior à entrevista. Segundo a pesquisa, a Grande São Paulo possui a maior taxa de depressão em um grupo de 17 regiões analisadas em todo o mundo. No total, os cientistas abordaram 89 mil indivíduos. “O número de pessoas que sofrem de depressão em São Paulo me surpreendeu”, conta a psiquiatra Laura Helena Guerra de Andrade, coordenadora
da pesquisa. Ao contrário do que se acreditava, a doença está menos presente nos idosos. As faixas etárias entre 18 e 49 anos são as que têm proporcionalmente o maior número de
depressivos.
Outro dado que despertou a atenção dos pesquisadores é que apenas 25% dos deprimidos em
São Paulo procuram auxílio de especialistas. O psiquiatra Geraldo Possendoro, da Unifesp, explica que a sociedade, principalmente com os homens,tem um preconceito quanto à depressão. Mas alerta: “Entre 10% a 15% dos pacientes que não procuram ajuda tentam suicídio”.


Porque isso é importante.........................


Dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) apontam que o mundo deverá enfrentar uma epidemia de casos de depressão até 2030. Ela deve se tornar a doença mais presente na população. Atualmente, 340 milhões de pessoas sofrem com o mal.



Alerta às autoridades:


Para a psiquiatra Laura Helena Guerra de Andrade, o fato de a Região Metropolitana de São Paulo concentrar proporcionalmente o maior número de deprimidos entre 17 países analisados deve despertar a atenção das autoridades brasileiras para o tema.
“Queremos que, com base nos dados pesquisados, sejam formuladas políticas públicas mais efetivas para o atendimento na área de saúde mental”, afirma Andrade.



Depressão na grande São Paulo


Região lidera ranking de pesquisa internacional
18 a 34 anos.........................10,4%
35 a 49 anos.........................11,9%
50 a 65 anos...........................9,1%
mais de 65 anos.....................3,9%
média da população............10,9%


Principais sintomas {Preste muita atenção!}


• Perda de energia ou interesse
• Humor deprimido e facilmente irritável
• Dificuldade de concentração
• Alterações no apetite e no sono
• Lentidão das atividades físicas e mentais
• Sentimento de pesar ou fracasso"



Por Pedro Marcondes de Moura

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

*Quem tem medo do lobo-mau?*


As campanhas políticas começaram e, como dizia ontem mesmo em seu programa na CNT, Salette Lemos, apontou ao detalhe que "nada" muda. Aliás, muda sim. A "roupagem" dos candidatos através de campanhas milionárias, maquiagem, perfil que beneficia a aparência de cada um, enfim. As propostas são as mesmas e o discurso é o mesmo. Até o linguajar é o mesmo! Ah...claro. A cara-de-pau. Essa também é a mesma. Olha, se a carreira política de "certas pessoas" não deslanchar, deveriam se candidatar a "Oficina de atores da Globo". Ou da Record, já que está em franca ascensão, caminhando à passos largos. São atores natos!


Ontem quase caí para trás...{e confesso que essa foi demais para mim, me sinto até "constrangida" em ser defensora unilateral das massas, massas mesmas que votam em candidatos "engraçadinhos, bonitinhos ou simpáticos"}. Vi nada mais nada menos que "Tiririca" candidato à Deputado Federal. Olha o slogan do dito-cujo "Você sabe o que faz um Deputado Federal? Não? Nem eu, mas vota em mim que eu conto para você!".


Outra pérola: "Pior que "tá" "num fica", então vote no Tiririca. Sem palavras. No coments


Estou assistindo a minissérie JK, pois depois que estive pela segunda vez em Brasília e tive a oportunidade de conhecer o memorial JK, me interessei muito pelo assunto, por perceber sensívelmente a importância desse homem para o país. Minha amiga Tânia que me emprestou a coleção em DVD, disse-me que ele, JK, era safado mais foi um bom presidente. Ainda não conclui porque ele era safado, mas estou adorando a série. Vejo algumas coincidências com outros políticos dos quais talvez JK tenha sido uma inspiração, mas prefiro comentar depois que terminar, pois me sinto ainda com opiniões apenas de uma cidadã que entende nada de política. Tenho aprendido muito com minha amiga historiadora. Um dia chego bem perto.


Bem, vamos lá, ao texto que me prontifiquei inicialmente {ahahhaa, falo pelas ventas, se deixar, mesmo sem dominar o assunto, irei discursar aqui por horas, kkkk}




Beijos amigos e amigas................




Syy



OBSERVAÇÃO:

A jornalista e apresentadora Marília Gabriela está indignada com a divulgação do txto abaixo - falsamente atribuído a ela - contra a pré-candidata à presidência, Dilma Rousseff (PT). "Não tem nada a ver comigo", diz a Terra Magazine, por telefone. Marília decidiu procurar assistência jurídica, nesta terça-feira, depois de ver o pseudo-libelo antipetista ser reproduzido pelo site do deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA), que apoia a candidatura de José Serra (PSDB). "O próximo passo é procurar meus advogados". Num tom agressivo, o desabafo "Quem tem medo da 'doutora' Dilma?" atribui a ex-ministra da Casa Civil com paralelos zoológicos, vejam vocês. De qualquer forma, eu fico muito feliz e satisfeita em saber que, existem outras "Marílias Gabrielas anônimas" pelo Brasil afora, das quais mesmo não tendo coragem de se identificar, são pessoas que pensam e que conseguem externar isso muito bem. Admirável, parabéns!




"Quem tem medo da "doutora" Dilma?


VOU CONFESSAR: Morro de medo de Dilma Rousseff.


Esse governo que tem muitos acertos, mas a roubalheira do governo do PT e o cinismo descarado de LULA em dizer que não sabia de nada nos mete medo.


Não tenho muitos medos na vida, além dos clássicos: de barata, rato, cobra.


Desses bichos tenho mais medo do que de um leão, um tigre ou um urso, mas de gente não costumo ter medo. Tomara que nunca me aconteça, mas se um dia for assaltada, acho que vai dar para levar um lero com os assaltantes (espero). Não me apavora andar de noite sozinha na rua e, não tenho medo algum das chamadas "autoridades", só um pouquinho da polícia, mas não muito. Mas de Dilma não tenho medo; tenho pavor. Antes de ser candidata, nunca se viu a ministra dar um só sorriso, em nenhuma circunstância.


Depois que começou a correr o Brasil com o presidente, apesar do seu grave problema de saúde, Dilma não para de rir, como se a vida tivesse se tornado um paraíso. Mas essa simpatia tardia não convenceu. Ela é dura mesmo. Dilma personifica, para mim, aquele pai autoritário de quem os filhos morrem de medo, aquela diretora de escola que, quando se era chamada em seu gabinete, se ia quase fazendo pipi nas calças, de tanto medo. Não existe em Dilma um só traço de meiguice, doçura, ternura. Ela tem filhos, deve ter gasto todo o seu estoque com eles e não sobrou nem um pingo para o resto da humanidade.



Não estou dizendo que ela seja uma pessoa má, pois não a conheço; mas quando ela levanta a sobrancelha, aponta o dedo e fala, com aquela voz de general da ditadura no quartel, é assustador.

E acho muito corajosa a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira, que enfrentou a ministra afirmando que as duas tiveram o famoso encontro. Uma diz que sim, a outra diz que não, e não vamos esperar que os funcionários do Palácio do Planalto contrariem o que seus superiores disseram que eles deveriam dizer. Sempre poderá surgir do nada um motorista ou um caseiro, mas não queria estar na pele da suave Lina Vieira.

A voz, o olhar e o dedo de Dilma, e a segurança com que ela vocifera "suas verdades", são quase tão apavorantes quanto a voz e o olhar de Collor, quando ele é possuído. Quando se está dizendo a verdade, ministra, não é preciso gritar; nem gritar nem apontar o dedo para ninguém. Isso só faz quem não está com a razão, é elementar.

Lembro de quando Regina Duarte foi para a televisão dizer que tinha medo de Lula; Regina foi criticada, sofreu com o PT encarnando em cima dela - e quando o PT resolve encarnar, sai de baixo. Não lembro exatamente de quê Regina disse que tinha medo -nem se explicitou-, mas de uma maneira geral era medo de um possível governo Lula..

Demorei um pouco para entender o quanto Regina tinha razão.

Hoje estamos numa situação pior, e da qual vai ser difícil sair, pois o PT ocupou toda a máquina, como as tropas de um país que invade outro. Com Dilma seria igual ou pior, mas Deus é grande..Eles não falaram em 20 anos? Então ainda faltam quase 13, ninguém merece.
Seja bem-vinda, Marina Silva. Tem muito petista arrependido que vai votar em você e impedir que a mestra sem mestrado, Dilma Rousseff, passe para o segundo turno.

Outra boa opção é José Serra que já mostrou seriedade e competência. Só não pode PT, Dilma e alguém da "turma do Lula"."
{imagem copiada do blog da minha amiga Linda Oriental}

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

**Aqui o palhaço é você**

Queridos amigos,


Recebi este email ontem e resolvi compartilhar com vocês. Trata-se de uma crítica ao atual governo Lula, o qual, lembro-me perfeitamente durante as campanhas de sua primeira gestão, o slogan favorito era:

"Um governo que não vai dar o peixe e sim, ensinar a pescar". E vejam no final de seu governo, as políticas públicas implantadas!

Eu sinto muito pelos meus erros, mas eu fui uma das infelizes que contribuiu para que ele estivesse lá. Lá mesmo. Lugar certo. Na hora certa. Naquela que o "AIE" (Aparelho Ideológico do Estado), atua constante e diariamente, fazendo com que nós, cidadãos de bem, que paga suas dívidas e seus impostos, acreditemos que as coisas simplesmente "acontecem" por "acontecer". Sem forges, sem tendências, em pretensão, sem MANIPULAÇÃO.

Veja o caso da "escolha" Copa do Mundo 2014. Quem acreditou naquelas lágrimas de crocodilo? Para mim é bem claro, que o fato da Copa do Mundo 2014 ter o Brasil como sede não foi surpresa. Isso já estava consagrado como um movimento político mundial que gira em torno da globalização. Assim como foi com a Copa 2010 na África do Sul.

Para vocês terem uma ideia, nunca houve na história da Copa do Mundo, ingressos tão encalhados. Tanto que faltando um mês para a chegada da Copa, o presidente da FIFA junto ao mascote dos jogos, saíram de viajam ao redor do mundo para melhor "divulgar" o evento {como se o mundo todo já não o soubesse}. Era preiso que a Copa do Mundo tivesse sido lá. "País judiado de terceiro mundo tem condições de receber pessoas de diversas etnias, raças e classes sociais." A próxima, só poderia ser no Brasil. Então vejamos agora sob outro prisma: o Lula é o cara? Sim! Ele é o cara. Nasceu com uma estrela na testa {para não dizer em outro lugar bem menos elegante}. É o cara que estava no lugar certo, na hora certa.

Dizer que ele é de total incompetência também não o digo. Mas convenhamos né amigos! Uma pessoa que trabalhou por um tempo e foi aposentado por invalidez (invalidez para trabalhos forçados, pra "cabra-macho", não para dirigir um país), uma pessoa que nunca exerceu cargos políticos, nem como assesssor de ninguém e que ficou a mercê de seus corregilionários e assessores por não "dominar" a adminsitração pública, claro, nunca podia saber de nada mesmo...

Isso sem partir para o "jogo-sujo" de mancionar sobre o sinheiro na cueca, nas meias, mensalão, entre outros.

Sim! As pessoas de menor renda melhoraram de vida no governo Lula. Mas ninguém o percebe como um "movimento" que vem acontecendo atraves dos anos e que em dado momento, iria se estabelecer. "lugar certo, hora certa". Ou vice-e-versa. Essa ordem não altera os fatores. O que alteraria e me causaria tamanha estranheza seria o fato de que os governos não pensassem somente em fixar seus nomes como salvadores da pátria, pátria essa que na realidade vive a própria sorte de mercenários corruptos que governam nosso país {lembrete para o Stallone: venha buscar seus maquaquinhos mercenários! Pra mim vcs são todos farinha do mesmo saco!}.

Leiam o email que recebi e vejam se isso não é fator para ficar desolado com a própria situação, levando em conta o próprio esforço, a própria luta, e no fim...esforço e luta essa que financia obras assistencialistas do governo. Boa leitura. Boa reflexão.



******




*Vai transar?*
O governo dá camisinha.




*Já transou?*
O governo dá a pílula do dia seguinte.







*Teve filho?*
O governo dá o Bolsa Família..






*Tá desempregado?*
O governo dá Bolsa Desemprego.






*Vai prestar vestibular?*
O governo dá o Bolsa Cota.







*Não tem terra?*
O governo dá o Bolsa Invasão e ainda te aposenta.








*RESOLVEU VIRAR BANDIDO E FOI PRESO?*

A partir de 01º/01/2010 O GOVERNO DÁ O AUXÍLIO?!?!?!?!?!?!?!?!?!

*esse é novo* >> Todo presidiário com filhos (e geralmente eles tem uma porrada)tem direito a uma bolsa que, é de R$798,30 "por filho" para sustentar a família, já que o coitadinho não pode trabalhar para sustentar os filhos por estar preso. Não acredita?Confira no site da Previdência Social.Portaria nº 48, de 12/2/2009, do INSS



*Mas experimenta estudar e andar na linha pra ver o que é que te acontece!*






"Trabalhe duro, pois milhões de pessoas que vivem do Fome-Zero e do Bolsa-Família, sem trabalhar, dependem de você" Se vc é brasileiro passe adiante!!!




O email que recebi acaba aqui, mas já que falamos tanto em "bolsa", segue a última palavra em bolsas. A bolsa da Dilma.



"DE FATO, ELA DEVE ESTAR MESMO MUITO PREOCUPADA COMO OS POBRES E COM A JUSTIÇA SOCIAL NO BRASIL.


PARA REFLETIR ...
Existem:- Bolsa-Família, Bolsa-Esmola, Bolsa-Voto, Bolsa-Mentira e agora também a

A bolsa da DILMA

A jornalista Anna Ramalho escreveu na sua coluna no Jornal do Brasil:
“A ministra Dilma Rousseff, em foto publicada anteontem n’ O Globo, deve ter se esquecido de esconder a bolsa – tamanha foi a bronca no assessor do Geddel.
Trata-se de uma Kelly, grife Hermès, criada em homenagem à princesa Grace, e objeto de consumo das milionárias mundo afora.
"Detalhe: a bolsa não custa menos de 4.700 euros – cerca de R$ 14 mil. Portanto… Quem ainda teme a revolucionária comunista dos anos 70 pode ficar tranquilo. Não se usa uma Kelly impunemente.
É muito bonito pregar comunismo nas propriedades e com o dinheiro dos outros...” Para comprar a bolsinha que ela usa, o trabalhador brasileiro tem que trabalhar dois anos, sem comer, sem morar, investindo tudo na bolsinha da ministra boazinha do PAC, numa farsa de quem quer parecer popular. Mas que na verdade, depois de guerrilheira, o que ela virou foi uma aproveitadora do dinheiro público para uso de luxos 'burgueses'.
Enquanto ela e Lula atiram bolsa-família para manter a ignorância do povo,ela se agarra mesmo é no poder para ganhar milhões e poder andar como madame, com bolsa de madame.
Simplesmente...lamentável.
Abraços,
Syy

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Quem sou eu? Eu posso ser qualquer coisa......


"Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausta. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Eu sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras, e falta de ar."



Clarice Lispector**my favorite

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

E por falar em selvageria........

É gente...não adianta querer fugir ou tapar o sol com a peneira. A imagem do Brasil, além de ser péssima em nosso próprio país, "lá fora" não é das melhores. Estive conversando com uma passageira em meu vôo para Brasília, a qual estava de volta depois de 10 anos morando em Boston. Bem, conversamos rapidamente, mas ela comentou comigo as últimas notícias sobre o Brasil onde ela morava. Claro, não falava-se em outra coisa: caso Bruno (ex-goleiro do Flamengo) e caso Mércia (advogada de Guarulhos). Gente do céu! O que mais espera-se para prender o advogado Dr. Mizael. Só pelo simples fato dele ter um dedo à menos, já representa um mau-agouro. Tá...parece preconceito né. Desculpa. É que tais semelhanças me remetem à más-experiências anteriores. Impossível não comparar {risos}.
Vamos ao que interessa: o motivo deste meu post é muito simples, digo, triste. Esteve aqui em nosso país, gigante pela própria natureza, belo, forte e impávido do colosso, nada mais, nada menos que Silvester Stallone {aquele mesmo, o Rambo, que ficou com a boca torta de tanto tomar bomba para parecer mais forte do que a natureza o fêz}. Aliás, nada menos, bem menos. Em minha modesta opinião, uma pessoa que faz os tipos de comentários que ele fez em relação à um lugar onde ele é "visita" é no mínimo, de caráter duvidoso, ou seja, um sem "bom-senso". Como já mencionei em outras postagens, "bom-senso" não se adquire, já nasce com as pessoas. Logo, as pessoas que nascem desprovidas desse elemento único de uma boa convicência social, podem se considerar o famoso"sem-noção".
O dito-cujo que aqui esteve gravando umas cenas do filme "Mercenários", já merecia ser ex-comungado de nossa pátria já de uma vez que o brasileiro é um povo acolhedor e hospitaleiro. Sobretudo quando "acredita-se" estar perante uma "celebridade". De mercenário não de tem quase nada, isso é coisa de americano idiota {lembrando que nem todos são idiotas}. Porém, um idiota, Stallone, fez referências ao Brasil como "um país bacana pois você pode machucar as pessoas que elas agradecem e ainda por cima te oferecem um macaco para você lembrar de lembrancinha quando vai embora", fazendo menção à todos os brasileiros como "selvagens". Achei tudo isso o cúmulo. O infeliz comentário ganhou até vários vídeos no Youtube e inúmeros seguidores no Twitter com o intitulado "Cala a boca, Stallone" (veja a seguir).



As pessoas aqui no Brasil estão querendo "boicotar" o filme quando o mesmo estrear nas telonas, em resposta aos cinco minutos de caca que ele declarou. Se eu vou asistir ao filme? Ah sim, certamente. Mas em DVD. Pirata evidentemente, pois vou contribuir com aqueles que irão boicotar o filme, mesmo que sejamos apenas um grão de areia no deserto. Mas então que sejamos um grão de areia.
Não irei por nada pessoal (risos), mas, porque dizem que estão dando miniaturinhas do Stalone na compra de um combo de pipoca com guaraná. E eu adoro pipoca com guaraná. Quanto ao boneco, não teria o que fazer com ele, pois além dele não fazer meu tipo, não ensino meus filhos a idolatrar pessoas perversas e sem educação.
Sinceramente, preferia ganhar um macaquinho. Esse pelo menos é o mais próximo do ser humano e num comparativo à certos deles tem até uma grande vantagem, pois não fala.




Um abraço à todos os brasileiros que pensam,



Syy

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Pensamentos ruminantes............

Hello peoples!




A revista Galileu apresentou uma repostagem de capa em maio de 2010, um tanto quanto interrogativa para mim. Vejamos: "o lado bom da depressão". Gente! Pela primeiríssima vez na vida, vi uma menção como essa, que é no mínimo curiosa, diga-se de passagem. Com esse rótulo, não pensei duas vezes e tive a enorme curiosidade de folhear as páginas desta revista quando ironicamente aguardava na sala de espera do consultório de minha terapêuta (!!!) Sim...eu também faço terapia!!!! E ADOROOOOO.............


A reportagem diz que para o amadurecimento pessoal, sim, a depressão tem um saldo positivo. Mas através desse título denota a todos que o processo é igualmente fortalecedor e enriquecedor para todos, o que não é verdade. Existem fatores que levam à depressão "endógena" a qual é de origem unicamente orgânica, ou seja, envolvem fatores biológicos do indivíduo. Já a depressão "exógena", como o próprio nome sugere, trata-se da depressão ocasionada por fatores "neuroquímicos" no qual o indíviduo que “entra em parafuso” depois de longos períodos de stress, depois de uma sobrecarga constante e intensa e depende unicamente de fatores externos, como por exemplo perdas significativas. Há também aquela que é ao mesmo tempo endógena e exógena, ou seja, compõem-se dos dois fatores, combinadíssimos. Um verdadeiro complô contra a felicidade. Resumo da ópera: como a reportagem é superficial e não abrange esses mecanismos de contrapartida, pode-se dessa forma concluir que, a depressão que propicia a evolução do ser através do amadurecimento e crescimento é do tipo exógena e me corrijam se eu estiver errada. Segue trechos da reportagem, espero com isso poder auxiliar a quem possa interessar.





Beijokas da Syy Olivier








"O lado bom da depressão" {isso realmente existe?}




"Novas pesquisas defendem que ela faz parte do processo evolutivo: um mecanismo que nos obriga a resolver os dilemas mais profundos. {E eu então questiono: mas será que conseguimos mesmo "resolver" nossos conflitos ou apenas aprendemos a "conviver" com nossos monstrinhos de estimação?}.





Ela não pode ser diagnosticada por exames de sangue, detectada em chapas de raios-x ou investigada em testes de resistência física. Mas, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, será em duas décadas, a doença mais comum do mundo. Saiba por que pesquisas recentes apontam que essa pode ser uma boa notícia para todos nós.





Ruminação positiva




Ao estudar as raízes evolucionistas da depressão, Andrews e Thomson focaram-se num tipo de pensamento que costuma ser comum em portadores da doença, chamado de ruminação. O nome deriva do hábito que as vacas têm de continuar mastigando por horas alimentos que já tinham engolido e voltaram do estômago. “O pensamento ruminante faz com que a pessoa pense continuamente em seus problemas”, diz a psicóloga Susan Nolen-Hoeksema, da Universidade de Yale. Até recentemente, havia um consenso científico de que a ruminação não passava de um tipo inútil e improdutivo de pessimismo. A própria professora defende, em parte, essa ideia: “Em alguns casos a ruminação analítica leva o doente a remoer seus problemas de forma tão passiva e repetitiva que acaba ficando ainda mais deprimido”. Uma ala da psicologia evolucionista passou recentemente a ver a questão sob um prisma bem diferente. Andrews e Thomson acreditam que a ruminação envolve afiados processos analíticos que, se bem orientados, de preferência com a ajuda de especialistas, podem ser produtivos, ainda que dolorosos. Por meio da ruminação, pessoas deprimidas tendem a quebrar um problema complexo em questões menores, com as quais é mais fácil de lidar. “Isso leva a melhores chances de resolvê-los”, diz Andrews. Estudos apontam ainda que a depressão aumenta a atividade cerebral de uma área do córtex pré-frontal importante para manter a atenção. Isso contribuiria para a mente permanecer mais focada em um problema, minimizando distrações. No processo, o doente pode ter insights sobre sua vida que não seriam possíveis se estivesse são.


O escritor Osíris Reis, 30, enfrentou duas fortíssimas crises de depressão. A primeira começou em 2000, durante o curso de medicina. Apesar de perceber que não tinha nada a ver com a área, não conseguia largar os estudos. Ficou na faculdade um ano e meio, tempo durante o qual começou a perder a capacidade de sentir prazer em tudo. Na tentativa de recuperar a alegria, foi aumentando o ritmo da vida: fazia compras enlouquecidamente, ia a festas quase todas as noites. “Demorei a me tocar que isso era depressão. Só me dei conta quando larguei a medicina, fiz inscrição para o curso de mecatrônica em Brasília e, três meses antes do vestibular, não tinha vontade de levantar da cama — só encontrava ânimo para ir até a cozinha e pegar uma faca para me matar”, afirma. “Foi aí que percebi que a coisa era séria e decidi procurar ajuda médica.” Consultou-se com psiquiatras, mudou-se por um tempo para a casa dos avós, começou a escrever livros, entrou para um curso de audiovisual. Em 2004, uma nova crise apareceu, mas, desta vez, Osíris já sabia como se cuidar: aliou tratamentos psiquiátrico e psicológico e tomou medicamentos até melhorar. “Na hora em que você está mal, esse papo de que a depressão tem lado bom não faz sentido. Só pude ver pontos positivos quando comecei a me tratar”, diz. “Hoje sei que, se não fosse pela doença, eu teria mantido escolhas que fariam da minha vida uma porcaria.”



No Brasil, os antidepressivos já são a quarta classe de remédios mais comercializada — atrás de anti-inflamatórios, analgésicos e contraceptivos. Em cinco anos, segundo levantamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a venda desse tipo de medicamento cresceu 48%. Pulou de 17 milhões de unidades vendidas em 2003 para 25,9 milhões em 2008. “Hoje antidepressivos são prescritos por médicos de todas as especialidades, mesmo quando não têm certeza do diagnóstico”, diz Luiz Alberto Hetem, vice-presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). “No entanto, há casos de depressão mais graves em que os antidepressivos são imprescindíveis. Já em situações leves, o acompanhamento psicológico é, muitas vezes, suficiente para que a pessoa se restabeleça”, diz. É importante salientar que distinguir um quadro grave de um leve ou moderado não é tarefa fácil. Cada caso precisa ser avaliado individualmente por especialistas na área. O fotógrafo Jorge Poyart, 30, teve o primeiro contato com a doença quando tinha 15 anos. O gatilho foi a postura instável do pai. Primeiro, vieram ataques de raiva, seguidos de profunda tristeza que o levou a se afastar dos amigos. Ao longo da vida, teve algumas crises, que, com a ajuda de intenso tratamento, resultaram em importantes descobertas sobre si mesmo. Passou a ter consciência de que havia questões que precisava resolver consigo mesmo se quisesse ficar bem. Graças à doença, aprendeu a desenvolver sua autoconfiança. “Saí fortalecido e mais resistente a problemas. Aprendi a me respeitar, a me perdoar e a me dar valor”, diz. “Entendi que também mereço ser feliz, sem culpa, como todo mundo.” Defender que depressão tem seu lado bom não significa dizer que seus portadores não precisam de tratamento. Muito menos que devam sofrer indefinidamente à espera de supostos benefícios da doença. Afinal, aí reside outro grande paradoxo da evolução: mesmo quando temos consciência de que a dor pode ser útil, a urgência em escapar dela é um de nossos mais emblemáticos instintos. Remédios, psicanálise, psicologia, cada um deve procurar o tratamento que julgar melhor para aliviar o sofrimento. Mas as recentes teorias sobre depressão trazem uma inovação preciosa ao nos mostrar que a tristeza e o pessimismo podem não ser de todo ruim, ajudando-nos a compreender nossas reações humanas de uma maneira mais natural. E a entender melhor aquele velho ditado que diz, sabiamente, que há males que vêm para bem.



Patologização da tristeza




A depressão, ou melancolia, como era citada no passado, atinge muita gente faz milênios — há menções a ela que remontam aos tempos de Aristóteles, no século 4 a.C. Mas só recentemente passou-se a aventar que a doença tenha aspectos positivos. Novos estudos tentam jogar luz ao tema, como o recém-lançado livro Manufacturing Depression: The Secret History of a Modern Disease (Fabricando a Depressão: a História Secreta de uma Doença Moderna, sem tradução no Brasil). Nele, o psicoterapeuta Gary Greenberg, que também sofre de depressão, faz um relato franco do que classifica de patologização da melancolia. A partir do século 20, tristeza profunda passou a ser tachada de doença grave. Virou tema de pesquisas científicas, ganhou vocábulos cada vez mais extensos em livros de medicina e psicologia e, a partir dos anos de 1950, transformou-se em mal a ser combatido por remédios. Co-autor de The Loss of Sadness: How Psychiatry Transformed Normal Sorrow into Depressive Disorder (A Perda da Tristeza: Como a Psiquiatria Transformou Tristeza Normal em Disfunção Depressiva, inédito no País), outro interessante livro sobre o assunto, Allan Horwitz defende que isso acontece porque a psiquiatria contemporânea tende a deslocar os sintomas de seu contexto, classificando de disfunções mentais reações normais que temos diante de situações de estresse. Isso, segundo ele, tem sérias implicações não só para a medicina, mas para a sociedade em geral. “Diante dessa indústria da felicidade, que alardeia ser possível sentir-se bem o tempo todo, a gente se torna incapaz de ver a tristeza como parte natural da vida”, diz. “Isso leva pessoas que estão apenas tristes ou que têm quadros mais leves de depressão a buscar saídas rápidas para sua dor por meio de antidepressivos.” Horwitz salienta, no entanto, que é preciso separar reações depressivas, que são respostas normais a situações difíceis, dos transtornos graves de depressão. “Quadros complicados, como depressão bipolar, precisam, claro, ser tratados com cuidado especial, muitas vezes de forma multidisciplinar, combinando medicamentos e terapias.” A própria pesquisa de Andrews e Thomson focou-se em tipos leves e moderados da doença — gente que, na opinião dos dois pesquisadores, acaba tomando antidepressivos sem necessidade, perdendo a chance de refletir sobre sua existência e tomar decisões que poderiam ser de grande valia. Culpa, segundo eles, da banalização no uso desses medicamentos."




Bibliografia: Revista Galileu
número 226/ maio 2010
{foto da net}

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Pode-se amar sem admirar?

"Pode-se dar amor natural, comum. Pode-se ter pena da pessoa ou ser fisicamente atraída por ela, e enganar-se pensando que essa reação é amor. Mas, para que o amor real exista é preciso que você admire alguma coisa nele ou nela. Theodore Reik acha que “o amor só é possível quando você atribui um valor mais alto à pessoa do que à você, quando você vê nela ou nele uma personalidade que, pelo menos em algum sentido é maior que a sua”.

{Texto extraído do livro “Clarice Lispector só para mulheres”, p.07, Editora Rocco, São Paulo, 2007}




Complementando o texto de Clarice, gostaria de ressaltar que é bem certo que o "ser humano" em sua totalidade, é repleto de erros e acertos, mas ainda assim, aos olhos do "encantamento pelo outro", só ocorrem realmente quando a admiração se torna um dos maiores quesitos de tal encanto. O que discordo, é o fator de que deve-se admirar mais o outro do que a ti mesmo. Nunca pensei que fosse discordar de Clarice, mas é fato. A vida é assim...ou se escreve seu própria história, ou se lê a história escrita pelos outros.

Desculpem, mas admiro primeiramente a mim. Tenho uma história de muitos obstáculos e pedras em meu caminho, o que não significa que não admire outras histórias mais que a minha. O que ainda não aconteceu foi de admirar mais alguém que estivesse partilhando da vida comigo, do que a mim mesma. Isso não tem haver com amor. Amor é outra coisa, que vou deixar para outro post, srsrsr.



Beijokas,


Syy

**Os espelhos da alma**


Desde remota antiguidade, os olhos vêm servindo de tema para poemas, ensaios, provérbios, lendas etc. Os de Cleópatra (que os maquiava muito à maneira das modernas elegantes) eram tão celebres quanto o seu nariz e devem ter desempenhado também papel importante na mudança dos destinos da humanidade.

A moda atual – insensata sob tantos aspectos – pelo menos com relação aos olhos, demonstra haver compreendido a importância deles para fazer sobressair a beleza de um rosto. Com efeito, nunca houve tanto requinte na maquiagem dos olhos como agora. O seu formato é sublinhado e alongado por traços de lápis; o rímel, que até há bem pouco tempo se limitava ao preto e ao marrom, hoje, pode ser encontrado nos mais variados matizes de verde, azul, violeta ou cinza; e um mostruário de “sombra” para as pálpebras faz lembrar uma paleta de pintor abstracionista.

Mas não é só. Recentemente, em Paris, foram lançadas “sombras” de ouro e de prata para a noite. E Josephine Backer, a famosa cançonetista de dançarina café au lait, inaugurou a moda de colar sobre cada pálpebra uma pequenina pedra preciosa. Desta forma, qualquer uma que queira dar-se a esse trabalho (quase de ourives), poderá exibir um olhar cintilante...

Quanto aos cílios postiços, outrora só usados por atrizes no palco e na tela, o seu uso está espalhando-se cada vez mais para as horas do dia.

Para os olhos serem belos, não basta, porém que sejam grandes, de um colorido especial ou maquiados com requinte. É preciso que neles haja algo à mais. Pois, sendo “os espelhos da alma”, devem refletir doçura, compreensão, inteligência.

Em resumo, o mais importante dos olhos é – o olhar.



{Texto extraído do livro “Clarice Lispector só para mulheres”, p.09, Editora Rocco, São Paulo, 2007}

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

"Consumo...logo existo"






O Planeta pede socorro..........................



Um dia li uma frase em uma Oficina da Semana da Pedagogia que alguém colocou em um cartaz. Dizia assim...


"O Planeta está doente. Quando ele morrer, para onde nós iremos?"


Tal e qual. Parece até uma frase de criança, mas é preciso olhar adulto para poder tomar as providências cabíveis para obtermos resultados favoráveis nesse sentido. É...realmente o planeta está doente.

Isso me lembra uma carta escrita pelo Grande Chefe Seatle em 1855, quando, ironicamente, o grande Sábio já fazia menção à possíveis acontecimentos futuros, caso os homens brancos tomassem posse da terra. E foi assim...

Narrada como uma premonição, as palavras do índio, que um dia existiu apenas como um belíssimo poema, hoje nos faz refletir sobre as atitudes de cada um de nós. Não, isso não é apenas "culpa" do vizinho. A Terra está sendo consumida à largos passos. Estamos gastando mais reservas naturais do que podemos, já que somos quase 7 bilhões de habitantes consumindo trinta por cento a mais do que o mundo pode suportar. Água, ar e terra são recursos que, infelizmente, não se renovam como um estalar de dedos e não podem ser digitados em um computador e serem "fabricados" em uma máquina inventada pelo homem.

Como muitos de vocês já sabem, moro em uma chácara por opção. Evidentemente, com toda segurança 24 horas e infra-estrutura que o mundo moderno exige da gente porém, não deixando de ter um longo espaço arborizado à nossa volta. Certa vez, recebi umas pessoas do trabalho de meu marido e tive que sair providenciar umas comidinhas para receber bem a todos. Coloquei os sacos com os lixos em meu carro já de uma vez que passaria pela lixeira e dessa forma, os despejaria durante o trajeto. Todavia, me esqueci as chaves e rodei por algum tempo dentro do carro. Uma das visitas que me acompanhava, virou-se para mim dizendo " Ai Sy...porque você não aproveita que estamos aqui no meio desse mato e joga esses lixos?" (!!!)

Vocês conseguem imaginar a minha cara de espanto ao ouvir estas palavras? É o mesmo que sinto quando vejo "alguém" do carro da frente jogar pela janela uma latinha de cerveja ou palito de sorvete...o que mais me intriga é o fator de que isso é amplamente divulgado inclusive em forma de lei com direito a pagamento de multas, mas o povo não aprende...tsc,tsc...

O que mais me deixa "angustiada" é o gasto completamente desnecessário da água pelas maiorias. E isso nada tem haver com maiorias desenvolvidas, subdesenvolvidas, privilegiadas ou não. São as maiorias das pessoas mesmo. Pouco importa a classe social, credo, crença, raça, etnia ou preferências. Infelizmente, é bastante triste, mas as pessoas em geral, continuam a lavar suas calçadas com mangueiras, continuam tomando banhos demoradíssimos, continuam escovando seus dentes com as torneiras ligadas e...sem a menor "dor-na-consciência". Hoje mesmo passei pelas adjacências da 23 de maio e lá estava um caminhão-tanque, desejando aquela enorme quantidade de água sobre uma rua a qual aparentemente havia acabado de ter um pedacinho consertada, era preciso uma enorme rajada de água para "lavar os resquícios". E por falar nisso, vai chover daqui há pouquinho. Será que não dava para esperar a própria naturexa agir nesse sentido? Até o meu filhinho de oito anos comentou que pensava que as águas de caminhão-pipa serviam para levar água para quem não possuía encanamento de rua. Tive até vergonha de responder, mas disse a ele que às vezes as pessoas fazem "coisas erradas" por isso que a água não é suficiente para todos.........

Deixo abaixo para que todos possam conhecer, a carta do Grande Chefe Seatle a qual mencionei acima.



“O que ocorrer com a terra, recairá sobre os filhos da terra. Há uma ligação em tudo.”


No ano de 1854, o presidente dos Estados Unidos fez a uma tribo indígena a proposta de comprar grande parte de suas terras, oferecendo, em contrapartida, a concessão de uma outra "reserva". O texto da resposta do Chefe Seatlle, tem sido considerado, através dos tempos, um dos mais belos e profundos pronunciamentos já feitos a respeito da defesa do meio ambiente.


"Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa idéia nos parece estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los?

Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência de meu povo.

A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho. Os mortos do homem branco esquecem sua terra de origem quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta bela terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela faz parte de nós.

As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. Os picos rochosos, os sulcos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o homem - todos pertencem à mesma família.Portanto, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, pede muito de nós.

O Grande Chefe diz que nos reservará um lugar onde possamos viver satisfeitos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto, nós vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra. Mas isso não será fácil. Esta terra é sagrada para nós.Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar as suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz de meus ancestrais.

Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar a seus filhos que os rios são nossos irmãos e seus também. E, portanto, vocês devem dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.

Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção da terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra aquilo de que necessita. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, e quando ele a conquista, prossegue seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa. A sepultura de seu pai e os direitos de seus filhos são esquecidos. Trata sua mãe, a terra, e seu irmão, o céu, como coisas que possam ser compradas, saqueadas, vendidas como carneiros ou enfeites coloridos. Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.

Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e não compreenda.

Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos.

E o que resta da vida se um homem não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros.O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro - o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao mau cheiro. Mas se vendermos nossa terra ao homem branco, ele deve lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar compartilha seu espírito com toda a vida que mantém. O vento que deu a nosso avô seu primeiro inspirar também recebe seu último suspiro. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la intacta e sagrada, como um lugar onde até mesmo o homem branco possa ir saborear o vento açucarado pelas flores dos prados.Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se decidirmos aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos.

Sou um selvagem e não compreendo qualquer outra forma de agir.Vi um milhar de búfalos apodrecendo na planície, abandonados pelo homem branco que os alvejou de um trem ao passar. Eu sou um selvagem e não compreendo como é que o fumegante cavalo de ferro pode ser mais importante que o búfalo, que sacrificamos somente para permanecer vivos.O que é o homem sem os animais? Se todos os animais se fossem o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma ligação em tudo.Vocês devem ensinar às suas crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo. Ensinem as suas crianças o que ensinamos as nossas que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.

Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo.

O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala com ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos - e o homem branco poderá vir a descobrir um dia: nosso Deus é o mesmo Deus. Vocês podem pensar que o possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível. Ele é o Deus do homem, e Sua compaixão é igual para o homem vermelho e para o homem branco. A terra lhe é preciosa, e ferí-la é desprezar seu criador. Os brancos também passarão; talvez mais cedo que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos.

Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos da floresta densa impregnadas do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruída por fios que falam.


Onde está o arvoredo?


Desapareceu...


Onde está a águia?


Desapareceu...


É o final da vida e o início da sobrevivência."



Abraços,


Syy