terça-feira, 3 de agosto de 2010

Pode-se amar sem admirar?

"Pode-se dar amor natural, comum. Pode-se ter pena da pessoa ou ser fisicamente atraída por ela, e enganar-se pensando que essa reação é amor. Mas, para que o amor real exista é preciso que você admire alguma coisa nele ou nela. Theodore Reik acha que “o amor só é possível quando você atribui um valor mais alto à pessoa do que à você, quando você vê nela ou nele uma personalidade que, pelo menos em algum sentido é maior que a sua”.

{Texto extraído do livro “Clarice Lispector só para mulheres”, p.07, Editora Rocco, São Paulo, 2007}




Complementando o texto de Clarice, gostaria de ressaltar que é bem certo que o "ser humano" em sua totalidade, é repleto de erros e acertos, mas ainda assim, aos olhos do "encantamento pelo outro", só ocorrem realmente quando a admiração se torna um dos maiores quesitos de tal encanto. O que discordo, é o fator de que deve-se admirar mais o outro do que a ti mesmo. Nunca pensei que fosse discordar de Clarice, mas é fato. A vida é assim...ou se escreve seu própria história, ou se lê a história escrita pelos outros.

Desculpem, mas admiro primeiramente a mim. Tenho uma história de muitos obstáculos e pedras em meu caminho, o que não significa que não admire outras histórias mais que a minha. O que ainda não aconteceu foi de admirar mais alguém que estivesse partilhando da vida comigo, do que a mim mesma. Isso não tem haver com amor. Amor é outra coisa, que vou deixar para outro post, srsrsr.



Beijokas,


Syy

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